Lamentavelmente, o Sintram/SJ tem recebido relatos de casos gravíssimos de racismo, xenofobia e intolerância religiosa ocorrendo em unidades da rede municipal de ensino de São José. Ameaças, ofensas e cerceamento da autonomia pedagógica também estão entre as práticas relatadas nas denúncias.
O sindicato tem acompanhado de perto e orientado cada caso, porém, faz-se necessário reforçar o posicionamento público da entidade no combate ao racismo e na defesa da democracia, do respeito e de uma educação libertadora, capaz de promover mudanças na sociedade a partir da formação de indivíduos críticos de sua própria condição social.
Conforme dados do II Relatório sobre Intolerância Religiosa: Brasil, América Latina e Caribe, as religiões de matriz africana são as que mais sofrem com crimes desta natureza no Brasil. Somente em 2021, as notificações contra essas religiões cresceram cerca de 270%. Na esteira da intolerância religiosa está também o racismo, demonstrando uma democracia ainda muito frágil, o que causa, entre outros efeitos, uma perversa desigualdade social.
Neste sentido, o poder público não pode se furtar de sua responsabilidade. É dever do Executivo municipal tomar medidas cabíveis e urgentes para coibir tais fatos que, inclusive, são caracterizados como atos criminosos. Uma das possíveis ações, é o investimento em formações direcionadas, dando subsídios que auxiliem e orientam os profissionais do serviço público municipal a combater todo e qualquer tipo de preconceito.
O Sintram/SJ sempre atuou e continuará atuando para coibir qualquer prática opressiva, racista ou preconceituosa, e está de portas abertas para acolher quem passar por este tipo de crime. Em 2019, o sindicato criou o Coletivo de Combate ao Racismo, que atua com o propósito de unir forças para fortalecer a luta contra a discriminação racial.
Se você foi vítima ou presenciou situações desta natureza, denuncie!
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