Deputados aprovam Reforma da Previdência proposta pelo governador Carlos Moisés

Medida afeta principalmente mulheres e aposentados, dificultando ainda o acesso à aposentadoria. Veja a lista de quem votou contra e a favor.

A tarde desta quarta-feira (4), foi de muita resistência por parte dos trabalhadores presentes na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc). Do lado de fora, os manifestantes eram reprimidos pelos policiais com spray de pimenta e bombas de efeito moral, enquanto no plenário os deputados votavam a Reforma da Previdência encaminhada pelo governador Carlos Moisés (PSL).

A proposta foi aprovada por 30 votos a 9 em primeiro turno, e 29 votos a 8 no segundo turno. A Reforma da Previdência afetará principalmente mulheres e aposentados, além de dificultar ainda mais o acesso dos servidores públicos estaduais à aposentadoria.
Principais mudanças que a Reforma irá causar:

  • aumento nas idades para a aposentadoria;
  • novas regras de transição;
  • nova fórmula de cálculo para a pensão por morte;
  • redução da isenção para o pagamento da contribuição previdenciária por parte de aposentados e pensionistas.

A presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de São José (Sintram/SJ), Jumeri Zanetti, lamenta a forma como o governo estadual trata os servidores públicos. “Como se não bastassem todos os ataques do governo federal aos serviços públicos, o governador Moisés acaba de comprovar seu desprezo pelos servidores estaduais”.

O pior é que os ataques não param aqui, diz ela. “Com a aprovação desta reforma, logo os servidores municipais também serão atingidos. Precisamos da atenção e da união dos servidores agora, mais do que nunca. Somente pressionando os parlamentares, podemos impedir que a reforma da previdência chegue aos municípios.”

Cerca de 100 mil catarinenses devem ser impactados com as mudanças nas regras de aposentadorias e pensões. Os aposentados serão duramente afetados. Atualmente, apenas aposentados e pensionistas que têm benefício superior ao teto do INSS (R$ 6,4 mil) recolhem a alíquota de 14% para o Iprev. Com a aprovação da reforma, passará a pagar essa alíquota quem ganha mais de um salário mínimo nacional (R$ 1,1 mil).

Confira como votou cada deputado:

Votos contra:
Fabiano da Luz (PT)
Ivan Naatz (PL)
Kennedy Nunes (PSD)
Luciane Carminatti (PT)
Marcius Machado (PR)
Neodi Saretta (PT)
Padre Pedro Baldissera (PT)
Rodrigo Minotto (PDT)

Votos a favor:
Ada De Luca (MDB)
Ana Campagnolo (PSL)
Bruno Souza (Novo)
Cel. Mocellin (PSL)
Dirce Heiderscheidt (MDB)
Doutor Vicente (PSDB)
Felipe Estevão (PSL)
Fernando Krelling (MDB)
Ismael dos Santos (PSD)
Jair Miotto (PSC)
Jerry Comper (MDB)
Jesse Lopes (PSL)
João Amin (PP)
José Milton Scheffer (PP)
Julio Garcia (PSD)
Laércio Schuster (PSB)
Marcos Vieira (PSDB)
Marlene Fengler (PSD)
Mauricio Eskudlark (PL)
Milton Hobus (PSD)
Moacir Sopelsa (PMDB)
Nazareno Martins (PSB)
Nilso Berlanda (PR)
Paulinha (sem partido)
Ricardo Alba (PSL)
Romildo Titon (MDB)
Sergio Motta (Republicanos)
Silvio Dreveck (PP)
Valdir Cobalchini (MDB)
Volnei Weber (MDB)
Com informações adicionais CUT-SC

Imagens por: Sinte/SC e DSR Assessoria

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