Em assembleia realizada na tarde desta segunda-feira (1), os servidores municipais de São José decidiram, por uma ampla maioria de 78%, manter a greve no município.
Os trabalhadores da Educação, principal categoria atingida, não aceitam o retorno das aulas presenciais enquanto não houver condições sanitárias seguras e o controle da pandemia, com garantia de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), estrutura física adequada, testagem, rastreamento e vacina de acesso público e universal para todos.
Entretanto, a paralisação das atividades também se estende a outros setores, como Saúde e Assistência Social, uma vez que a situação gerada na Educação terá consequências diretas aos demais servidores, como por exemplo, uma sobrecarga inevitável nos próprios sistemas de saúde e de assistência social do município.
A greve havia sido aprovada já no dia 24 de fevereiro, em assembleia. De lá para cá, houve um aumento expressivo no número de casos de contaminação por Covid-19 entre os profissionais que voltaram a exercer atividades presenciais nas escolas, ainda que sem a presença de alunos. A situação causada pela pandemia se torna cada dia mais grave e preocupa os servidores da Educação.
A pedido do sindicato, uma mesa de conciliação com o Executivo municipal foi articulada por um dos desembargadores do Estado e está prevista para ocorrer ao longo desta terça-feira (2).
Uma nova assembleia está marcada para a próxima quarta-feira, dia 3 de março. A categoria exige o cumprimento de uma pauta mínima para o encerramento da greve, incluindo:
– manutenção do ensino remoto nesse momento, com suporte adequado para essa modalidade;
– cronograma de vacinação contemplando todos os servidores municipais;
– abertura de uma mesa de negociação das demandas de trabalhadores cujas atividades não podem ser realizadas remotamente, em áreas como Saúde, Assistência Social, Administração, Segurança Pública, entre outras, para garantir condições de trabalho seguras.
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