Mobilizados em defesa da vida: trabalhadores estão adoecendo nas unidades de ensino

Em assembleia realizada nesta terça-feira (9), os servidores municipais de São José votaram pela continuidade da greve da categoria, iniciada em 1º de março, cuja pauta principal é a luta em defesa da vida dos trabalhadores e trabalhadoras.

A paralisação das atividades tem como objetivo reverter a decisão do prefeito Orvino Coelho de Ávila, de retomar as atividades presenciais nas escolas municipais num dos momentos mais críticos da pandemia. Até mesmo os pais, mães e responsáveis por alunos estão optando pelo ensino remoto neste momento, conscientes do risco que representa o ambiente escolar para a disseminação do vírus. Porém, o prefeito prefere colocar a vida dos profissionais da Educação em risco, obrigando-os a estar presencialmente nas escolas e CEIs.

Na assembleia desta terça-feira, foram inúmeros os relatos por parte dos trabalhadores sobre a falta de EPIs de qualidade, de condições seguras de trabalho, e a falta de estrutura nas unidades de ensino, o que tem causado um estresse emocional que gera reflexos diretos no ambiente de trabalho, e, por consequência, na vida dos servidores. Os profissionais estão adoecendo física e psicologicamente pela tensão e pelo medo das consequências de um possível contágio por Covid-19. Além disso, o sindicato também já recebeu ao longo dessas duas últimas semanas denúncias de casos confirmados e suspeitos de Covid-19 em mais de vinte unidades.

Além de exaustos e adoecidos, as professoras, professores e todos os demais trabalhadores da Educação, estão extremamente preocupados com a vida de crianças, adolescentes e familiares que estão sendo afetados pelo retorno das aulas presenciais.

Os trabalhadores exigem o cumprimento de uma pauta mínima de reivindicações para o encerramento da greve,  incluindo a manutenção do ensino remoto nesse momento; um cronograma concreto de vacinação contemplando todos os servidores municipais; e a negociação das demandas dos trabalhadores cujas atividades não podem ser realizadas remotamente, a fim de garantir condições de trabalho seguras.

Não podemos arriscar reabrir as escolas neste momento em que a situação está cada dia mais grave.

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será divulgado.


*