Este dia 8 de março – Dia Internacional das Mulheres Trabalhadoras, não tem sido um dia de comemoração. Ultrapassamos a marca de 265 mil mortes no Brasil e aproximadamente 8 mil mortes em Santa Catarina causadas pela pandemia de Covid-19.
Há mais de 500 anos, as causas das ‘tragédias’ brasileiras têm nomes, cargos e classes sociais muito bem definidos.
Não é o vírus que nega a ciência e dificulta de todas as formas a compra da vacina. Também não é ele quem ridiculariza o uso de máscara, que incentiva aglomerações, que debocha das famílias enlutadas dizendo “vamos parar de mimimi”. O sujeito que protagoniza essas atitudes chama-se Jair Messias Bolsonaro, e atualmente ocupa o cargo de presidente da República.
Para efeito de comparação, no Vietnã, país de 95 milhões de habitantes, o vírus fez 35 vítimas.
O vírus nunca teve o poder de reduzir os investimentos no Sistema Único de Saúde (SUS). Foi a PEC do Teto de Gastos, proposta pelo ex-presidente Michel Temer (MDB) e aprovada por 53 senadores e 366 deputados federais.
O vírus não arquivou 68 pedidos de impeachment contra Bolsonaro (sem partido). Foi o ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM).
O vírus não escondeu dados de infectados e afrouxou as medidas sanitárias de olho na reeleição. Foram os prefeitos.
As mulheres trabalhadoras são as mais impactadas em qualquer crise. Mas, na crise sanitária que vivenciamos, muitas trabalhadoras estão sendo vítimas do descaso, sem garantia alguma de emprego e salário.
No serviço público municipal de São José, as servidoras estão sendo empurradas para a morte, com medidas nocivas do prefeito, como por exemplo, não suspender as aulas presenciais nesse momento.
As mulheres são a maioria das trabalhadoras da Saúde e da Assistência Social, que enfrentam esta guerra da pandemia diariamente. Também são a maioria das trabalhadoras da Educação, que além de enfrentar longas jornadas, são as mais afetadas pela falta de políticas econômicas!
Nesse 8 de março é momento de agradecer os avanços da luta das mulheres que vieram antes de nós, mas também daquelas que estão travando batalhas nos dias de hoje, lado a lado, em cada setor do serviço público e em ações coletivas de mobilização.
Estamos mobilizadas por condições socioeconômicas e para a garantia de distanciamento social, EPIs de qualidade, espaços físicos de trabalho adequados, testagem, rastreamento e vacinação para todos e todas já!
“Nunca se esqueça que basta uma crise política, econômica ou religiosa para que os direitos das mulheres sejam questionados. Esses direitos não são permanentes. Você terá que manter-se vigilante durante toda a sua vida”. Simone de Beauvoir
Que a luta das mulheres em 2021 seja vitoriosa!
Este é o desejo do Sintram/SJ – Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de São José
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