Focos de Aedes aegypti aumentam significativamente e causam preocupação em São José

Representantes do Sintram/Sj estiveram presentes na reunião pública que ocorreu no último dia 11 de julho, na Câmara de Vereadores, para tratar da proliferação acentuada do mosquito Aedes aegypt em São José. O assunto foi evidenciado durante assembleia dos servidores, no mês de maio, que pediam medidas mais eficazes do Poder público em relação a este tema. O Sintram/SJ procurou apoio junto à Câmara de Vereadores. O Executivo municipal também foi acionado para apresentar o que já estava sendo feito e integrar o planejamento das ações a serem desenvolvidas.

Situação no município

Entre o final de dezembro de 2018 e início de julho deste ano foram identificados 1885 focos do mosquito Aedes aegypti em São José. Comparado com o mesmo período do ano anterior, quando foram identificados 641 focos, houve um aumento de 194% no número de focos.

Os bairros mais afetados são Areias (175 focos); Barreiros (165); Forquilhinhas (153) e Serraria (119). O crescimento do número de focos em São José se dá, entre outros motivos, pelo fato da cidade ser dividida pela BR 101, o que gera um tráfego intenso de veículos de outras regiões, principalmente caminhões; ter pólos industriais e ser limítrofe com outros municípios como Florianópolis, Biguaçu e Palhoça, que contém elevados números de focos do mosquito Aedes aegypti. Outro ponto relevante é o período do último verão quente e chuvoso, especialmente no litoral, com muito trânsito de turistas, que podem ter trazido o mosquito inclusive em seus veículos.

Entretanto, além de todos esses fatores, o que mais preocupa é que ainda falta a compreensão da população de São José de que as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti podem, inclusive, matar, e que os cuidados com a proliferação do inseto são extremamente necessários nesse momento.

Estrutura de combate

O programa de combate à endemias, criado em 1999 no município de São José, contempla ações internas e externas, como gerenciamento e planejamento, laboratório, ouvidoria e denúncias e mapas de reconhecimento geográfico para controle de focos.

Atualmente são 43 Agentes de Combate a Endemias (ACE), que realizam entre 25 e 30 visitas a residências por dia. Esses profissionais também são responsáveis pela colocação e monitoramento de armadilhas, recolhimento de pneus, ações de fiscalização, aplicação de larvicida e atividades educativas nas escolas.

Em São José existem 863 armadilhas instaladas em 2016 pontos estratégicos. Com esses equipamentos e o monitoramento dos pontos, é possível identificar a presença de formas imaturas do mosquito (larvas) no território considerado como foco.

Dificuldades

O servidor municipal Valdir Freitas Araújo, representando o Sintram/SJ durante a reunião pública, falou em nome dos demais trabalhadores e trabalhadoras municipais de São José. Valdir destacou a dificuldade em desenvolver ações de fiscalização, principalmente devido ao baixo número de Agentes de Combate à Endemias (ACE). Atualmente são 43 profissionais atuando, quando o número adequado no município seria de pelo menos 70 ACEs.

Valdir Freitas Araújo, servidor municipal de São José.

Valdir também relatou o caso de uma residência onde foram encontrados 65 pneus com água acumulada, o que demonstra a preocupante falta de conscientização de uma parcela da população.

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