A cada dia aumenta a adesão à greve nacional contra a reforma da Previdência que Michel Temer (MDB-SP) pretende aprovar a qualquer custo ainda este mês. Independentemente do dia em que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), colocar a proposta em votação, a data de 19 de fevereiro será de paralisação geral no Brasil.
Os dirigentes do Sintran/SJ também estão mobilizados para participar do ato nacional previsto para o dia 19, juntamente com a base da categoria em São José. Marcos Aurélio dos Santos, considera que a participação dos trabalhadores na paralisação do dia 19 é de fundamental importância. “Todos sentirão o reflexo dessa reforma, inclusive os servidores municiais de São José. Há momentos em que a história impõe riscos. Portanto, o caso de uma possível falta ou mesmo um desconto, não é maior do que a luta pela não retirada de direitos do trabalhador”, diz ele.
Se for aprovada, a reforma acaba com a aposentadoria de milhões de brasileiros que terão dificuldades para cumprir as novas regras que Temer quer impor. A nova proposta do governo prevê aumento da idade mínima de concessão da aposentadoria para 62 anos, no caso das mulheres, e 65 anos para os homens. O texto deve ser votado no dia 19, 20 ou 21 de fevereiro na Câmara dos Deputados, se a base aliada garantir os 308 votos necessários para aprovar a Proposta de Emenda Constitucional.
Movimento popular apresenta resultados
Na avaliação do presidente da CUT, Vagner Freitas, a campanha “se votar, não volta”, feita sem recursos, e que contou apenas com o trabalho e determinação da militância e dos dirigentes que foram a aeroportos, às bases dos deputados e em espaços públicos, fez mais efeito que todo o dinheiro que o governo distribuiu para as campanhas milionárias de Temer nas rádios e TVs.
E em todo o Brasil, as CUTs estaduais já estão organizadas e mobilizadas para lutar contra mais esse retrocesso. Muitas assembleias já foram feitas e atos foram marcados.
Movimento catarinense
Em Santa Catarina, municípios de todo o estado se unirão à luta contra a reforma da Previdência. O SINTE/SC está orientando que todos os trabalhadores e trabalhadores da rede estadual de educação paralisem completamente as atividades nas escolas e participem de atos e mobilizações em suas cidades.
Em Florianópolis, o transporte coletivo ficará paralisado durante todo o dia 19. Os trabalhadores do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis (Sintrasem) também vão aderir à greve em defesa da aposentadoria.
A partir das 9h, a CUT e demais centrais sindicais e entidades farão um “arrastão” no centro da capital para fechar o comércio e os bancos.
Já a partir das 16h, acontecerá um grande ato na Praça de Lutas, que terminará com uma passeata até a agência do INSS.
Em Criciúma, haverá um ato acontecerá a partir das 8h, em frente à agência do INSS.
Haverá mobilização também em Araranguá, Blumenau, Chapecó e Joinville.
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