O dia 8 de março, Dia Internacional das Mulheres, remete à luta histórica das mulheres trabalhadoras, que lutaram e ainda lutam por condições de trabalho justas, equidade e valorização. É uma data revolucionária, que nada tem a ver com flores, ou com o que tenta se pregar de “feminilidade”.
Enquanto trabalhadores do Serviço Público de São José, em sua maioria mulheres, estão em Estado de Greve, lutando por melhorias para os serviços prestados à população, afetando também famílias com ampla maioria de mulheres trabalhadoras, a gestão Orvino continua perpetuando uma visão retrógrada do papel da mulher na sociedade, ofertando momentos de beleza, autocuidado e palestras sobre “o corpo” durante o dia de hoje. As servidoras querem debater valorização salarial, condições de trabalho, melhorias nos serviços, e o prefeito está nos reduzindo ao papel de “bela, recatada e do lar”.
O Sintram/SJ está mobilizado na programação do 8M e relembra a todes que devemos nos manter firmes na luta pelo fim do patriarcado e de qualquer forma de opressão, e que visões como essa, pregadas pela nossa prefeitura, sejam combatidas.
“O dia da mulher e todo o esforço meticuloso e lento para promover a autoconsciência de classe nas trabalhadoras não provocam uma cisão, mas uma união da classe operária. Deixem que, com o sentimento de alegria de servir a uma questão comum às classes e de lutar junto com elas por sua libertação feminina, as trabalhadoras participem do dia da mulher” (Kollontai, 1913).
“Somente permanecendo nas fileiras da própria classe, somente travando combate pelos ideais e interesses de toda a classe trabalhadora, a mulher trabalhadora poderá defender os seus direitos e interesses femininos” (Kollontai, 1908).
“O proletariado não poderá alcançar a completa liberdade a menos que alcance a completa liberdade para as mulheres” (Lenin, 1920).
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