No último domingo (9), o país presenciou mais um episódio lamentável protagonizado pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Durante um ato público pró-armas de fogo, realizado em Brasília (DF), o que por si só já seria deplorável, o parlamentar direcionou agressões aos trabalhadores do magistério dizendo “não ter diferença entre um professor ‘doutrinador’ e um traficante de drogas”.
As palavras do deputado são uma afronta aos princípios constitucionais e aos profissionais da educação brasileira, que já tanto sofrem com a falta de valorização, desrespeito, baixos salários e, na maioria dos casos, convivem com ambientes de trabalho precarizados.
Para além disso, existe algo que a extrema-direita, representada por figuras políticas como o parlamentar em questão, insiste em ferir: o direito à liberdade de cátedra. Princípio que assegura a liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber. É a liberdade que os professores(as) possuem de discutir assuntos que entendam importantes para o ensino em sala de aula, em grupos de pesquisas ou estudos.
Nos últimos anos, presenciamos no Brasil ataques sistêmicos à democracia e, por consequência, à educação. Ataques estes articulados e promovidos por segmentos que apostam na fragilização das estruturas públicas de ensino como forma de combater uma pseudo-ideologização, existente apenas no imaginário daqueles que desconhecem a real situação do sistema educacional do País.
O Sintram/SJ repudia toda e qualquer forma de agressão e desrespeito contra educadores. Que a atitude do deputado Eduardo Bolsonaro (PL) seja exemplarmente punida. Não podemos tolerar que um dos bens mais preciosos de uma sociedade, a educação e tudo que a envolve, seja atacada de tal forma.
Faça um comentário