Neste sábado, dia 3 de março, às 10h, será realizada uma oficina de tambor do projeto Batucada Feminista, na sede do Sintram, em São José.
A Batucada Feminista é um grupo de mulheres militantes, feministas, anticapitalistas e antirracistas, que surgiu no Brasil em 2003 como mais um instrumento de luta da Marcha Mundial das Mulheres. A iniciativa faz parte das ações contra a mercantilização do corpo e da vida das mulheres. A batucada é um espaço irreverente e de permanente organização.
Além disso, é um fórum de discussão política, que dá visibilidade às ações da Marcha, seja no espaço de auto-organização ou nos espaços de militância mista.
A Batucada é também um instrumento de ousadia na construção de novos ritmos, músicas e palavras de ordem a partir do cotidiano da vida e da luta das mulheres, seja na denúncia do machismo ou nas alternativas encontradas por elas para a construção de um mundo mais igualitário. Discutir os temas globais da sociedade é um instrumento de reconstrução do cotidiano feminino.
É na Batucada que novas práticas são colocadas em evidência, não aceitando a cultura musical machista e preconceituosa apresentada todos os dias, seja no rádio, nos shows ou nos programas de TV.
Os instrumentos utilizados nas batucadas são feitos prioritariamente de materiais reciclados, ou que fazem parte do cotidiano feminino. Tambores de plástico, latas de querosene, latinhas de refrigerante e cerveja, cabos de vassoura e garrafas plásticas são alguns deles.
Além do debate e alegria que a batucada proporciona, o ritmo ajuda a gerar concentração, unidade e força nos momentos de ação coletiva. Tocar é uma forma direta de ação política, de levar o feminismo para os olhares e ouvidos da rua, expressando as lutas e ocupando o espaço público.
Aprendemos a nos organizarmos e coordenar nossos próprios ritmos de forma criativa e inclusiva. Batucar é divertido, nos faz sentir bem e eleva os espíritos frente à adversidade.
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