Nota sobre a situação da Zona Azul em São José

Mais uma vez, os servidores municipais e usuários do sistema público são atacados. A expansão da Zona Azul nos bairros Kobrasol e Campinas, em São José, prejudica de forma significativa os servidores que atuam principalmente nas unidades de saúde e unidades de ensino da região.

O estacionamento rotativo e pago implementado neste Município tem como uma das regras estabelecidas a permanência máxima de 02 (duas) horas na mesma vaga. Após este período, o veículo deve ser transferido para outra vaga. É inviável aos profissionais da rede municipal de São José esta constante troca de vagas numa jornada de 6 ou 8 horas diárias de trabalho. 

Torna-se absurda a permissão de ausência de um profissional de seu local de trabalho a cada duas horas para troca de vaga de seu veículo. Por quanto tempo este profissional ficará ausente entre locomover-se até o veículo, procurar nova vaga para estacioná-lo e retornar à unidade? 

Cabe destacar ainda que existem regiões onde a demanda de veículos supera a quantidade de vagas disponíveis. O Sintram-SJ destaca que são unidades de trabalho em que a Prefeitura não disponibiliza estacionamento próprio aos trabalhadores e todos sabem muito bem que o transporte coletivo municipal não sustenta e não comporta o atendimento desses profissionais na íntegra, especialmente pela falta de integração entre os bairros e/ou municípios vizinhos, bem como pela falta de horários disponíveis.

Outro ponto inaceitável é o custo de R$ 2,50 (dois reais e cinquenta centavos) por hora de estacionamento, o mais caro do estado de SC. Nos dias atuais, diante da falta de condições de deslocamento urbano, é grande a quantidade de trabalhadores que utilizam seus veículos pessoais para locomoção diária, apesar de não receberem nenhum valor a título de auxílio-transporte. 

Ou seja, além de terem que passar a procurar nova vaga para seu veículo a cada duas horas e não receberem auxílio-transporte, os servidores terão despesas diárias com estacionamento? Para quem tem jornada de 6 horas diárias de trabalho, no mínimo terá um custo de 300 reais por mês! É inaceitável que, diante de todas as perdas salariais que os servidores já acumulam desde 2020, ainda precisem pagar para ir trabalhar.

O Sintram-SJ encaminhou ao Executivo e ao Legislativo Municipal uma solicitação de agendamento de audiência, com a maior brevidade possível, para que seja encontrada uma solução adequada para o problema.

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