O Sintram/SJ fez parte de um momento histórico no dia 25 de novembro. O sindicato participou da Marcha das Mulheres Negras Por Reparação e Bem Viver, evento que aconteceu após dez anos da última edição. Segundo a organização, cerca de 500 mil pessoas percorreram a Esplanada dos Ministérios em alas regionais e uma internacional. Em trios elétricos, faixas, palavras de ordem, cantos, rezos e manifestações artísticas, a multidão reivindicava reparação histórica e mais poder para as mulheres negras, sem deixar de afirmar a sua identidade, cultura e ancestralidade.
A convite do sindicato, as servidoras Jaina Goes e Rosana Vargas representaram a categoria josefense no evento.
Rosana, que é assistente social e atua no Cadastro Único do município de São José, destacou a intersecção entre o racismo, machismo e desigualdades sociais evidenciada pela marcha, marcando a condição precarizada de trabalho e a relevância da população negra feminina para a economia do país. “Quando uma mulher negra se movimenta, toda a estrutura se movimenta”, disse, parafraseando a filósofa e ativista Angela Davis. “Então, quando o movimento sindical e a classe trabalhadora olha para essas pautas, que são das suas trabalhadoras, toda a classe trabalhadora sai fortalecida e isso é muito importante”, afirmou a servidora.
“Às vezes a gente se sente muito sozinha em algumas lutas e pensa que não tem força. Na marcha, caminhando com milhares de mulheres de todos os lugares do Brasil, e isso faz com que eu volte fortalecida, sabendo que a gente luta pelo certo, pelo bem viver de todas nós, de toda a sociedade”, disse Jaina, que atua na assistência social do CREAS Barreiros.
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