O futuro do trabalho esteve em debate no IFSC Continente, em Florianópolis, no dia 13 de novembro, durante a etapa estadual da II Conferência Nacional do Trabalho. Representantes de trabalhadores, governo e empregadores construíram propostas coletivas sobre os principais desafios e avanços necessários para o país.
A conferência estimulou a definição de propostas sob quatro subeixos temáticos:
- Relações do trabalho, negociação coletiva e segurança jurídica;
- Mercado e futuro do trabalho: intermediação, qualificação profissional e competências;
- Políticas públicas de emprego, trabalho e renda, e os fundos que as financiam: articulação, coordenação, informação e monitoramento;
- Proteção e inclusão produtiva: emprego, desemprego, empregabilidade, novas formas de trabalho e inovações tecnológicas.
As deliberações aprovadas nos estados serão debatidas na etapa final, a 2ª Conferência Nacional do Trabalho, marcada para março de 2026, em São Paulo.
Articulação fortaleceu participação dos trabalhadores catarinenses
A Conferência acontece 13 anos depois da I Conferência Nacional de Emprego e Trabalho Decente. É um espaço de construção e também palco de intensa disputa entre trabalhadores e empregadores. Durante a etapa catarinense da II Conferência Nacional do Trabalho, a agenda patronal defendeu propostas que privilegiam o empresariado e medidas, por vezes, contrárias aos interesses coletivos dos trabalhadores, como a manutenção da jornada de 44h semanais, o trabalho precarizado por meio da terceirizacao, a pejotização, o trabalho intermitente e isenções fiscais.
Diretora Graziele Justino, convidada da bancada dos trabalhadores | Foto: Pricila Baade – CUT/SC
Procurando fortalecer a representação da classe trabalhadora, a bancada composta por sindicatos e centrais sindicais se reuniu na véspera da conferência no auditório da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Santa Catarina (Fetaesc). A estratégia de mobilização deu resultado, segundo a diretora Graziele Justino, que representou o Sintram/SJ e a CUT/SC em ambas as atividades, a convite da bancada dos trabalhadores. A conferência acabou por aprovar proposições importantes para a classe trabalhadora. “Houve propostas dos trabalhadores aprovadas com ampla maioria dos votos, como a defesa da negociação coletiva, da redução da jornada de trabalho sem redução salarial e o fim da escala 6×1”, comemorou a diretora. Segundo Grazi, também foram aprovadas propostas referentes a saúde dos trabalhadores e pela qualificação profissional e formação da classe trabalhadora, com politicas de acesso e permanência. .
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