Adeliana se esconde e servidores ocupam prefeitura em busca de uma resposta

Na tarde de hoje, 12 de abril, servidores saíram da assembleia e foram para a prefeitura, na esperança de terem uma resposta definitiva da prefeita quanto às propostas encaminhadas.

Quando a assembleia começou na Associação de Moradores de Campinas, por volta das 9h30, só havia uma certeza, a de que a greve continuaria, pois, até momento, décimo sétimo dia de greve, a prefeita Adeliana ainda não havia se pronunciado quanto às propostas enviadas pelo Sintram-SJ em nome dos servidores. O que se viu até então, são medidas para tentar desmobilizar o movimento grevista, como a de judicializar através de um documento encaminhado à procuradoria pedindo a ilegalidade da greve.

Ainda durante a assembleia, o presidente do Sintram-SJ Marcos Aurélio dos Santos denunciou que a secretária de educação Meri Hang, vem pressionando duas diretoras de CEIs a entregarem uma lista com o nome, endereço e função dos servidores ligados ao movimento grevista. Mais uma vez o executivo demonstra que, ao invés de abrir para o diálogo, prefere assediar moralmente os servidores da educação, com o único intuito de desarticular e enfraquecer a paralisação.

Mesmo com as atitudes anti-democráticas do executivo, os servidores continuam firmes na luta pelos seus direitos, uma prova disso é que, desde do início, o número de servidores em greve não diminuiu, numa clara demonstração de união. A assembleia contou também com a participação do deputado estadual Dirceu Dresh (PT), que veio prestar solidariedade e apoio aos servidores, e aproveitou para falar sobre a retirada de direitos no âmbito nacional, convocando todos os trabalhadores para a greve geral agendada para o dia 28 de abril.

Durante as falas, a professora Leda disse que, segundo o vereador André Gesser, a prefeita Adeliana vem conversando com sua base de apoio para diminuir os cargos comissionados em 25%. Isso demonstra que o movimento vem surtindo efeito e que a prefeita está sentindo a pressão.

Assembleia suspensa, ocupação da prefeitura e a espera por uma resposta

Servidores ocuparam o andar onde se encontra o gabinete da prefeita Adeliana Dal Pont.

Quando a assembleia se encaminhava para o final, a diretora de política sindical e imprensa do Sintram-SJ Jumeri Zanetti, propôs aos servidores que a assembleia fosse suspensa e que os servidores fossem para a prefeitura. Afinal, foram encaminhados três ofícios com as propostas dos servidores para se chegar num acordo e terminar a greve, e ainda não se tinha uma resposta do executivo quanto a elas. A proposta de ir até a prefeitura foi aprovada por unanimidade, e os servidores seguiram para a prefeitura.

Com o andar onde se encontra o gabinete da prefeita tomado por centenas de servidores, o executivo se viu pressionado a atender o pedido de se reunir com o comando de greve. Sentindo a pressão, o chefe de gabinete Lédio Coelho, recebeu o comando de greve num gabinete da prefeitura, mas não permitiu a entrada de jornalistas, demonstrando assim o apreço pela censura ao cercear o direito de imprensa de apurar a informação.

Participaram dessa reunião pelo executivo o chefe de gabinete Lédio Coelho, o procurador interino Mário, a secretária de segurança Andrea Pacheco, o chefe de governo Michael Rosanelli e a secretária de administração Vera Suely de Andrade, portanto, nenhuma das pessoas que deveriam realmente estar para definir os rumos da paralisação como a prefeita Adeliana, o secretário de finanças Antonio Carlos Vieira e secretária de educação Meri Hang. Esses sãos os personagens centrais que deveriam tomar a decisão de acatar com a proposta dos servidores.

Do lado dos servidores participaram o presidente do Sintram-SJ marcos Aurélio dos Santos, a diretora de política sindical e imprensa Jumeri Zanetti e, representando o comando de greve, a professora Rosélia Aparecida Castro. Com nada definido e nenhuma nova informação, o comando de greve, sindicato e servidores presentes, decidiram continuar ocupando a prefeitura e aguardar nova reunião. Ficou claro que, segundo os participantes da reunião, que a prefeita está aguardando a decisão da procuradoria do município quanto a decisão de declarar a ilegalidade da greve.

Como a assembleia está suspensa e, dependendo do que for definido nesta segunda reunião, os servidores podem se reunir ainda hoje para decidir se terminam ou não com a paralisação. Lembrando que, para isso acontecer, depende única e exclusivamente da tomada de decisão do executivo em acatar as propostas dos servidores. O presidente Marcos ainda lembrou que mesmo que o judiciário determine que a greve é ilegal, que os servidores vão continuar com a paralisação até terem seus direitos novamente sancionados.

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