28 de junho: dia do orgulho LGBTQIAPN+

Lutar pelos direitos da comunidade é lutar por uma sociedade mais justa e igualitária

O ano era 1969 e a cidade era Nova York, nos Estados Unidos. O bar Stonewall Inn recebeu uma batida policial, como acontecia na época em vários bares da comunidade LGBT+ da cidade. Até aí, tudo seguia “normalmente”. No entanto, no dia 28 de junho, pessoas que estavam no local não aceitaram esta atitude truculenta por parte dos policiais e reagiram, gerando uma rebelião que durou dias, conhecida pela Revolta de Stonewall.

A partir deste marco, o movimento pelos direitos civis LGBT+ começou a crescer, até que o mês de Junho se tornou o “Mês do Orgulho LGBT+”, marcado por eventos para homenagear a história de Stonewall. As organizadoras das primeiras marchas do orgulho foram Marsha P. Johnson e Sylvia Rivera, imprescindíveis para a existência do Orgulho LGBT+.

No entanto, o movimento não era aceito. Infelizmente, na metade do ano de 1992, o corpo de Marsha P. Johnson foi encontrado no rio Hudson. A versão policial é de suicídio, mas as amigas de Marsha não aceitam que seja verdadeira. Para saber mais sobre a história de Marsha P. Johnson e Sylvia Rivera, assista ao documentário “Morte e Vida de Marsha P. Johnson”, que mostra a dimensão política da Revolta de Stonewall.

Essa é apenas uma contextualização para ajudar a mostrar a importância da luta pelos direitos da comunidade LGBTQIAPN+, que ainda enfrenta altos índices de violência. No ano passado, 257 pessoas LGBT+ morreram no Brasil apenas por serem LGBT+. Ou seja, a cada 34 horas, uma pessoa da comunidade perdeu a vida de forma violenta no país, que se manteve no posto de mais homotransfóbico do mundo em 2023. Esses dados não são levantados pelo Estado de forma ampla, ou seja, podem ser ainda maiores.

Portanto, a partir deste dados, fica evidente que é preciso seguir lutando e conscientizando a população sobre a importância de combater a LGBTfobia e construir uma sociedade livre de preconceitos. A luta deve ir além do direito de amar, é sobre a vida dessas pessoas que são violentadas, mortas e que tem os trabalhos mais precarizados da classe trabalhadora.

Além disso, é preciso combater o capitalismo, que tem cooptado essa data e esse mês para benefício próprio, visando apenas o lucro das empresas. O Sintram-SJ seguirá levantando esta bandeira por entender que a luta pelos direitos da comunidade LGBTQIAPN+ também faz parte da luta cotidiana do sindicato por uma sociedade mais justa e igualitária.

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