Após encenação da Prefeitura, servidores decidem seguir em greve

Na manhã desta sexta-feira, 3, o Sintram-SJ realizou mais uma assembleia com participação  de muitos servidores, que lotaram o Centro Multiuso de São José. A pauta era analisar a contraproposta da Prefeitura às reivindicações da categoria e, posteriormente, debater e deliberar sobre a continuidade ou não da greve, iniciada em 31 de maio. Mas qual foi a surpresa dos servidores? A Prefeitura não enviou nenhuma contraproposta.

No início da tarde de ontem, 2, os servidores protestavam em frente à Prefeitura Municipal de São José enquanto aguardavam o Comando de Greve, que se reuniu com a Secretária de Saúde Sinara Regina Simioni, a Secretária de Educação Ana Cristina Hoffmann, o Secretário Adjunto da Casa Civil Junior Speis, a Presidente da Câmara de Vereadores, Méri de Melo Hang, e o líder do governo na Câmara, vereador Matson Luis Cé.

Na reunião que durou quase duas horas, Comando de Greve, Executivo e Câmara de Vereadores buscaram construir uma proposta que minimamente atendesse a categoria. O Executivo se comprometeu a formalizar uma contraproposta às reivindicações dos servidores e enviar ao sindicato. No entanto, isso não aconteceu.

Surpreendentemente, ao mesmo tempo em que acontecia a reunião, o Executivo Municipal estava entrando com um pedido de ilegalidade da greve reivindicando, inclusive, multa diária de 100 mil reais ao Sintram-SJ, demissão dos ACTs, descontos aos efetivos e ainda a manutenção dos grevistas a uma distância de 200 metros do prédio da Prefeitura. 

Então fica a pergunta: aquela mesa de negociação foi somente uma encenação? Na mesa de negociação, a Secretária de Educação disse que não iria chamar mais concursados agora, pois teria que demitir ACTs e isso, segundo ela, não faria, pois mexeria com a renda de muitas famílias, mesmo sabendo que muitos destes ACTs estão na fila para serem chamados no concurso. Mas e as famílias dos ACTs que estão em greve ameaçados de serem demitidos não contam?

Após a direção do sindicato iniciar a assembleia relatando esses acontecimentos aos servidores, a categoria pôde expressar sua indignação com a atuação da Prefeitura e deliberou pela continuidade da greve. Os servidores da Assistência Social reforçaram a indignação com a ausência da Secretária de Assistência Social do município na mesa de negociação. A categoria, mesmo sob ameaças, puxou o lema “NINGUÉM SOLTA A MÃO DE NINGUÉM!”. Em seguida, os servidores seguiram para a frente da Prefeitura para expressar o seu descontentamento por conta da falta de compromisso dos gestores municipais que participaram da reunião na Prefeitura na tarde de ontem. 

Até o momento, o sindicato segue sem receber nenhuma contraproposta da administração municipal. A greve dos servidores públicos municipais de São José segue firme e forte. Na tarde desta sexta-feira, 3, os grevistas estão comprometidos a dialogar com os colegas que ainda não entraram no movimento para que se juntem à greve a partir de segunda-feira. O compromisso é com a luta em defesa dos serviços públicos e da valorização dos trabalhadores municipais. 

Ninguém solta a mão de ninguém!

É hora de lutar para conquistar!

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