Dia Mundial da Saúde é simbólico neste ano, especialmente no Brasil

Criado em 7 de abril de 1948 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para conscientizar a sociedade sobre qualidade de vida e sobre fatores que afetam a saúde da população, o Dia Mundial da Saúde será simbólico este ano, especialmente no Brasil.

Vivenciamos no país uma crise econômica e sanitária sem precedentes. E não há ações coordenadas para seu enfrentamento. O desemprego cresce assustadoramente e não existe vontade política por parte do governo para a garantia de um auxílio-emergencial digno, permitindo que as pessoas possam se manter no isolamento social.

O sistema público de saúde enfrenta seu momento mais crítico, com falta leitos, medicamentos e oxigênio, além da ausência de vacinas tão necessárias para conter a disseminação do coronavírus. Os profissionais da saúde estão exaustos(as). Isso tudo associado ao desestímulo da população quanto à adesão às medidas de controle sanitário.

Hoje, no Dia Mundial da Saúde – 7 de abril, o país contabiliza mais de 330 mil mortes pela Covid-19.

Na luta pelo acesso universal à vacinação, várias batalhas têm sido travadas. Quebrar as patentes para a produção de imunizantes é uma luta global e urgente para que as vacinas sejam produzidas e distribuídas de forma justa e acessível a toda humanidade.

As vacinas não podem servir para obtenção de ganhos e lucros, já que em grande parte o desenvolvimento desse produto se deu com o uso de recursos públicos. É uma obrigação política vacinar toda a população, sem discriminação.

Precisamos potencializar e ampliar as ações em defesa do SUS, com a adoção de medidas sanitárias que possibilitem condições seguras de trabalho, salvando vidas e ao mesmo tempo protegendo empregos.

Neste Dia Mundial da Saúde estão sendo organizados atos simbólicos e atividades virtuais em todo o País, cobrando dos governos federal e estadual: vacina já para todos e todas, quebra de patentes, emprego e auxílio emergencial, defesa do SUS e Fora Bolsonaro.

Confira as atividades deste 7 de abril:

9h – Ato simbólico em frente à Casa da Agronômica, sendo convocado pelo SindSaúde/SC

12h – Ato unificado em frente ao Largo da Catedral

10h – Live do Conselho Nacional de Saúde: “Em defesa do SUS e da Vida de todas as pessoas”, no Instagram do Conselho Nacional de Saúde (CNS)

19h – Live Nacional CUT Brasil: “Salvar vidas e proteger empregos”, com Madalena Margarida (Saúde do Trabalhador/CUT); Antonio Lisboa (Relações Internacionais/CUT); Claudio Maierovitch (médico sanitarista da Fiocruz); Senador Humberto Costa (ex-ministro da Saúde e médico); Fernando Pigatto (Presidente CNS). Transmissão na página do Facebook e Youtube da CUT Brasil


No dia 9 de abril a mobilização continua. Um ato será realizado às 18h30, no largo da Catedral, em Florianópolis, usando velas para lembrar as vidas perdidas para a Covid-19 e denunciar os governos negacionistas.

Trabalhadoras e trabalhadores de todo o mundo exigem: Vacinas para todas e todos, trabalho decente e proteção social: a hora de agir é agora!

Juntos, vamos exigir dos governos:

– Vacina para todas e todos – garantindo o acesso universal e imediato às vacinas para todos os brasileiros;

– Implementação de um sistema internacional baseado na justiça global e que seja diferente do modelo comercializado, que hoje rege a venda e a distribuição de insumos e vacinas;

– Não ao nacionalismo das vacinas! Pelo direito à saúde como direito humano;

– Quebrar as patentes das vacinas contra a Covid-19, seja pelos mecanismos previstos nas legislações nacionais ou ainda no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC);

– Desenvolver e disponibilizar planos, programas e recursos financeiros para a transferência de tecnologias e insumos necessários à produção de vacinas em todas as regiões e nações do mundo e, assim, criar condições para que mais países iniciem sua produção nacional de imunizantes contra a Covid-19;

– Universalizar o acesso a medicamentos, suprimentos, softwares e equipamentos necessários ao tratamento de pacientes afetados pela Covid-19;

– Subsidiar todos os tipos de trabalhadoras e trabalhadores, camponesas e camponeses, empresas familiares, assim como famílias que vivem na economia informal e que perderam sua renda, garantindo renda mínima para sobrevivência;

– Lançar um plano de investimento extraordinário para recuperar os milhões de empregos perdidos ou em risco;

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