Quilombolas reivindicam inclusão no grupo prioritário da vacinação contra Covid-19

Um ato público realizado na tarde da última terça-feira (9), em frente à Secretaria Estadual de Saúde, reuniu representantes de diversas entidades para reivindicar a inclusão de comunidades quilombolas no grupo prioritário para receber a vacina contra a Covid-19. O protesto foi organizado pelo Conselho Estadual das Populações Afrodescendentes de Santa Catarina (Cepa) e contou com a participação do Sintram/SJ.

Com cartazes e faixas, o protesto acabou chamando a atenção e resultou no agendamento de uma audiência para esta quinta-feira, dia 11 de fevereiro, às 15h, com o Secretário de Saúde do Estado para tratar sobre a urgência de incluir os quilombolas na primeira fase de imunização da Covid-19.

Marcos Aurélio dos Santos, diretor da CUT-SC, membro da direção do Sintram/SJ e um dos coordenadores do Coletivo de Combate ao Racismo da Central, ressalta que vacinar os povos quilombolas é tão importante quanto a imunização dos povos indígenas. “O Ministério da Saúde preconiza, através da Lei 6.040/2007, que todos os povos – sejam eles tradicionais, quilombolas ou indígenas – têm prioridade na vacinação. Em Santa Catarina, o governador Moisés – indo contra o restante do Brasil – retirou os quilombolas dos grupos prioritários”.

Marcos alerta que, devido à vulnerabilidade social e econômica que essas comunidades estão expostas, é imprescindível que os quilombolas estejam entre os primeiros a serem vacinados.

Segundo o Cepa, Santa Catarina tem hoje 21 comunidades quilombolas, totalizando 4,6 mil pessoas. Porém, o grupo não aparece no planejamento estadual de imunização. Na primeira fase de aplicação das doses apenas trabalhadores da saúde que estão na linha de frente do combate ao coronavírus, idosos que moram em instituições de longa permanência e indígenas são contemplados.

Com informações adicionais assessoria de imprensa CUT-SC


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