#1: SERVIDORES(AS) DE SÃO JOSÉ EM ESTADO DE GREVE

Trabalhadores e trabalhadoras do serviço público municipal de São José!

Em assembleia realizada no dia 27 de outubro, os servidores(as) deliberaram por declarar estado de greve.

A decisão foi tomada levando em consideração que o Executivo não está cumprindo nenhum dos pontos que já haviam sido acordados na data-base 2020, e que foram suspensos em março em razão do início da pandemia.

Naquele momento, todos os servidores foram extremamente compreensivos com a situação, considerando, inclusive, a justificativa da administração de que as finanças do município seriam impactadas pela pandemia de Covid-19. Em setembro, com a apresentação das metas fiscais do 2º quadrimestre de 2020, ficou comprovado que isso não ocorreu, e que a receita do município não foi afetada.

Outra questão citada com frequência pelo Executivo é a LC 173/2020. Entretanto, nesta mesma legislação, o dispositivo do artigo 8º aponta que a categoria não deve ficar sem a reposição inflacionária anual pelo IPCA. Cabe lembrar que os trabalhadores já acumulam perdas inflacionárias decorrentes dos últimos 18 meses.

Estamos reivindicando algo que nos é de direito, pois está previsto em lei. Além disso, há, sim, condições por parte do município em conceder a reposição inflacionária aos trabalhadores.

Em todo esse tempo de pandemia, os servidores municipais foram e continuam sendo fundamentais para a população, atendendo nas unidades de saúde, mantendo as atividades de ensino, de assistência social, fiscalizações da segurança pública e todas as demais áreas.

Os mesmos servidores(as) que, para trabalhar remotamente, tiveram de adquirir equipamentos de informática, pacotes de internet, e, em muitos casos, os próprios Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). Esses trabalhadores estão cansados, adoecidos, e sofrem agora com o descaso do Executivo em relação àquilo que lhes é de direito.

A categoria exige mais respeito.

Nos próximos dias será ampliado o diálogo com os servidores e também com a comunidade, e, se necessário, novas decisões serão tomadas em conjunto com os trabalhadores(as), colocando na conta dos devidos responsáveis os desdobramentos que possam vir a ocorrer.

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