Ato simbólico em São José exige ações mais enérgicas no combate à pandemia

O Sindicato dos Trabalhadores Municipais do Serviço Público de São José (Sintram/SJ) realizou um ato simbólico em frente à prefeitura, nesta quinta-feira (9), exigindo mais investimentos no serviço público, além de políticas de proteção do emprego e renda para os trabalhadores. A prefeita Adeliana Dal Pont recebeu uma cópia da Carta Pública direcionada aos prefeitos da Grande Florianópolis e ao governador de Santa Catarina.

Ato simbólico em frente à prefeitura de São José

O documento expressa o posicionamento das entidades sindicais de âmbito municipal das cidades de São José, Florianópolis, Palhoça, Santo Amaro e Biguaçu.

Conforme a Carta, a aceleração no aumento de casos confirmados e da taxa de ocupação de leitos de UTI dos municípios da região acenderam o sinal de alerta. A situação é agravada pela falta de testes e agora também pela insuficiência de insumos farmacêuticos necessários para realizar procedimentos em pacientes que precisam de internação em UTI.

O sistema de saúde está se aproximando de um colapso, o que atingiria todas as cidades da região, visto que a vida da população está diretamente ligada entre esses municípios. É preciso uma ação conjunta urgente em defesa da vida. Se medidas rígidas não forem adotadas agora para frear a taxa de contaminação, viveremos dias difíceis e tristes.

No documento também é solicitado que o governo do Estado garanta os insumos e os leitos hospitalares necessários para atender a demanda. Já os prefeitos precisam adotar medidas de controle da taxa de contaminação, com a retomada da política de bloqueio de atividades não essenciais, associadas à adoção de estratégias de diagnóstico, acompanhamento e tratamento efetivo dos casos e isolamento de grupos de risco. Isso deve ocorrer de maneira coordenada regionalmente, e não isolada em cada município.

Mesmo diante de tudo isso, secretários municipais de educação se articulam para o retorno das atividades nas escolas ainda este ano. O entendimento das entidades sindicais é de que não existem condições de retornar às aulas presenciais em plena expansão da pandemia. Qualquer medida nesse sentido só pode prosperar quando for estabelecida uma condição plena de segurança sanitária.

Uma pauta conjunta foi construída por diversas entidades sindicais, e consta no documento entregue à prefeita Adeliana nesta quinta-feira (9):

– Pelo fechamento imediato de todas as atividades não essenciais até a diminuição da taxa de contágio na região;
– Testes e EPIs para todos os trabalhadores;
– Pelo investimento nos serviços públicos, pelo chamamento de aprovados dos concursos em todas as áreas e pela manutenção dos empregos dos trabalhadores temporários;
– Pagamento de insalubridade em grau máximo para os servidores públicos que estão atuando em todas as áreas de combate a pandemia;
– Contra o retorno das escolas com a pandemia em expansão.

Documento foi protocolado junto ao gabinete da prefeita

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