Todos contra a homofobia: 28 de junho, dia do Orgulho LGBTQIAP+

O Dia do Orgulho LGBTQIAP+ (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, transgêneros, queers, pessoas intersex, assexuais, pansexuais) é celebrado mundialmente em 28 de junho. Nesta data, no ano de 1969, um grupo de gays, lésbicas e trans estava reunido no bar Stonewall Inn, em Nova York, quando foram surpreendidos por uma batida policial para prender clientes por “conduta imoral”.

Esse movimento resultou, no ano seguinte, na organização na primeira parada do orgulho LGBT.

O Brasil, mesmo tendo a maior parada LGBT do mundo, infelizmente vive com a existência de inúmeros grupos conservadores que vêm promovendo ataques não somente contra a comunidade LGBTQIAP+, mas também contra negros e mulheres. O próprio presidente Jair Bolsonaro é conhecido internacionalmente por seu comportamento homofóbico. Em declaração dada em  2011, por exemplo, afirmou preferir “um filho morto em acidente a um filho homossexual”.

Por esses estímulos ao ódio e ao impedimento do avanço dos direitos sociais voltados à esta parcela da população, é que são tão necessárias ações organizadas coletivamente para cessar comportamentos de ódio e exclusão de pessoas LGBTQIAP+.

A Constituição é clara quando trata sobre promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. Embora possamos presenciar alguns avanços nos últimos anos em matéria de direitos, o Brasil é, lamentavelmente, uma sociedade que discrimina e comete inúmeras formas de violência de gênero e sexualidade.

Os episódios quase diários de agressões físicas e até mesmo homicídios, relatados pela imprensa em todo o país, são apenas a face mais visível da realidade cotidiana de preconceito e privação de direitos enfrentada pela população LGBTQIAP+ nos espaços públicos, no mercado de trabalho, na mídia, nas escolas e, muitas vezes, até mesmo na própria família.

O Sintram/SJ, enquanto entidade representativa dos trabalhadores municipais de São José, comprometida com a promoção da igualdade e equidade de direitos para todas as pessoas, não pode deixar de tratar deste tema. Ainda existem ambientes de trabalho pouco inclusivos à diversidade sexual. É preciso fomentar o debate sobre a promoção do respeito à sexualidade e gênero a partir dos desafios de inclusão dos trabalhadores e trabalhadoras LGBTQIAP+ nos equipamentos públicos, reconhecendo e respeitando as diferenças em  todos os espaços.

O mês de junho, mundialmente, é marcado todos os anos pela intensificação do ativismo LGBTQIAP+, com debates sobre direitos, conquistas, acesso à políticas públicas e como vencer o preconceito e o ódio dos governos fascistas. Ao longo da semana é dada visibilidade a essa pauta de resistência pelo direito de amar e existir. O debate LGBTQIAP+ deve ser permanente.

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