Aumenta a frequência de casos de agressão contra servidores

Trabalhadores que atuam nas unidades básicas de saúde de São José (UBS) estão sofrendo graves agressões físicas e verbais por parte de usuários que não conseguem atendimento. Em alguns casos mais extremos chegam a ocorrer ameaças de morte.

Todo cidadão tem direito ao acesso à saúde, porém, em São José, este direito está sendo negligenciado devido à falta de estrutura e condições de trabalho nas unidades, resultado da gestão deficiente do governo municipal.

Nos últimos anos, a população de São José aumentou significativamente, mas, a administração josefense não se preparou para os impactos dessa mudança. A Unidade do bairro Ipiranga, por exemplo, deveria ter em sua área de abrangência o limite de aproximadamente 12 mil usuários. Entretanto, esse número já ultrapassa os 20 mil. A situação se repete nos demais bairros.

As equipes de Estratégia da Saúde da Família também não aumentaram proporcionalmente ao crescimento populacional do município. Ou seja, em todos os setores da saúde há um déficit estrutural.

Quando um cidadão busca atendimento numa UBS, não é a prefeita, nem a secretária de Saúde, tão pouco os diretores de Atenção Básica que precisam dizer NÃO ao usuário pela falta de medicamento, falta de médico, falta de vacina, pelos exames que não foram liberados, pelos serviços que estão indisponíveis etc. Neste caso, quem fala “olho no olho” com o cidadão é o profissional que está na unidade, e que não pode ser culpado, pois está igualmente sofrendo pela falta de estrutura, pela falta de materiais básicos, pela falta de condições adequadas de trabalho.

Esse conjunto de fatores é que causa ineficiência do serviço público de saúde.

Fica o convite à prefeita Adeliana Dal Pont, que tanto levantou a bandeira de defesa da Saúde em São José, para que acompanhe um dia de atividades numa unidade de Saúde. No bairro Ipiranga, a polícia chegou a ser acionada após uma funcionária, uma mãe e sua filha, terem sido trancadas na sala de vacinas. O agressor disse aos que estavam no local que retornaria com uma arma para “resolver o problema”. A prefeita Adeliana estaria disposta a passar por tal situação?

Precisamos lutar e cobrar da administração municipal que garanta à população condições amplas e adequadas de acesso à saúde.

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