Brasileiros esperam que o próximo presidente do país combata a corrupção

Imagem de arquivo/Agência Brasil

Apenas 6% dos brasileiros desejam a continuidade das atuais políticas públicas praticadas presidente Michel Temer (MDB). É o que revela uma pesquisa divulgada recentemente pelo SPC Brasil e pela CNDL. O estudo apontou ainda quais são as características e as ações esperadas para o presidente que será eleito em outubro deste ano.

O levantamento apontou as ações que devem ser priorizadas por quem vencer a disputa. Para 47% dos brasileiros, o combate à corrupção está no topo da lista e deve ser a prioridade do novo governante. Já para 39% está o investimento na saúde e para 33% o investimento na educação. Em seguida aparecem a segurança pública (32%) e a geração de empregos (29%).

Ao avaliar como deveria ser o próximo presidente, 70% desejam que seja alguém que realize projetos de melhorias para a população na saúde e educação e em obras de infraestrutura. Para 28,6% o chefe do Poder Executivo deve ser uma pessoa do povo, próximo da população.

Entre as principais características pessoais que são determinantes para que o candidato receba o voto do eleitor, estão a honestidade (50%), ser alguém que cumpre o que promete (35%) e que saiba abrir mão dos seus interesses particulares em benefício dos interesses da população (32%).

Já a maior parte dos entrevistados (63%) afirma que não votaria de forma alguma em um candidato envolvido em escândalos de corrupção e 34% jamais votariam em alguém distante da população e que não conhece os problemas do povo.

A pesquisa mostra também que 47% dos brasileiros estão indiferentes com a eleição presidencial de 2018, por acreditarem que tudo continuará a mesma coisa. Outros 26% estão otimistas, acreditando que as coisas vão melhorar e 16% estão pessimistas.

Entre os que acreditam na melhora do país após as eleições, os principais motivos são a crença de que o próximo presidente poderá tirar o Brasil da crise (47%) e porque os políticos e empresário corruptos estão sendo presos (34%).

Entre os que acham que as coisas vão piorar depois das eleições, os principais motivos são considerar que o povo brasileiro não sabe votar e nem mesmo cobrar seus governantes sobre a realização das promessas feitas (50%); porque os principais políticos e empresários envolvidos em corrupção ainda não foram presos ou punidos (49%); e porque mesmo com as prisões e investigações já realizadas a corrupção não acabou (44%).

Mesmo com um índice alto de brasileiros que se dizem indiferentes ao resultado do próximo pleito, sete em cada dez entrevistados esperam que o novo governante faça uma grande mudança em relação ao que vem sendo feito pelo atual governo federal (74%). Outros 20% desejam mudanças, mas também querem a manutenção de alguns programas e reformas e somente 6% esperam continuidade às diretrizes do atual presidente.

Em relação às medidas e reformas que já estão em andamento

Reforma Política
>> 66% a consideram importante ou muito importante e 27% a consideram pouco ou nada importante;

Reforma Trabalhista
>> 47% a consideram pouco ou nada importante e 46% importante ou muito importante;

Reforma da Previdência
>> 49% a consideram pouco ou nada importante e 45% importante ou muito importante;

Mudanças na Política Econômica
>> 66% consideram as mudanças na política econômica importantes ou muito importantes e 25% consideram as mudanças pouco ou nada importantes;

Sobre a continuidade das reformas

Se desmembrados os resultados, o tema Reforma Política deve, na opinião da população, continuar (47,2%), porém, com grandes ajustes. Igualmente, as mudanças na política econômica são consideradas necessárias pela maioria (43,6%), mas com grandes ajustes.

Já as Reformas Trabalhista (30,7%) e da Previdência (31,1%), devem ser paralisadas na opinião dos entrevistados.

Metodologia 

O SPC Brasil entrevistou 682 pessoas, entre 27 de novembro e 07 de dezembro de 2017, de ambos os sexos e acima de 18 anos, de todas as classes sociais em todas as regiões brasileiras. A margem de erro é de 3,8 pontos percentuais para um intervalo de confiança a 95%.

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será divulgado.


*