Um ato foi realizado em frente à Câmara de Vereadores de São José, nesta segunda-feira (4), marcando o início da campanha que será realizada pelo Sintram/SJ em defesa das demandas do magistério. Os trabalhadores e trabalhadoras da Educação no município lutam há pelo menos três anos pela implementação de uma carreira de pós-graduação e uma nova carreira para os professores de artesanato.
Em 2014, um projeto que tratava da regência de classe e da gratificação dos especialistas em educação, foi discutido em uma comissão paritária com o sindicato e o executivo. Portanto o texto do projeto foi construído em comum acordo e as medidas seriam implementadas por etapas, em 2015 e 2016.
Em 2015 o acordo já não foi cumprido pela prefeita Adeliana, pois o texto do projeto de lei que havia sido construído em conjunto foi alterado, motivando uma greve de 28 dias. Com uma ampla negociação, a categoria aceitou que as medidas fossem implementadas no ano seguinte, confiando na palavra da prefeita. Entretanto, o ano de 2015 terminou e a prefeita não encaminhou os projetos para a Câmara de Vereadores.
Em 2016, o ano inicia novamente com greve devido ao não cumprimento do acordo de 2015. Após 34 dias de paralisação, a lei é aprovada na Câmara e sancionada pela Prefeita Adeliana. Passadas as eleições, em outubro de 2016, os servidores são surpreendidos com pedido de revogação das leis solicitado pela Prefeita, novamente num golpe rasteiro contra a categoria. Isso motivou uma nova paralisação em março de 2017, que somente chegou ao fim graças a um acordo firmado durante audiência no Tribunal de Justiça do Estado (TJSC) com a participação do Sindicato e da Prefeitura, tendo a presença e a assinatura da secretária de Educação, Méri Hang, e da prefeita Adeliana Dal Pont.
Porém, como já se tornou uma prática do governo Adeliana ignorar acordos firmados, inclusive na Justiça, a proposta que já deveria ter tramitado na Câmara de Vereadores permanece sem encaminhamento por parte do Executivo municipal. Já houve tempo suficiente para a proposta ter tramitado, considerando que já se passaram mais de sete meses.
O último posicionamento da prefeitura sobre o assunto foi apresentado através de ofício, onde o Executivo reafirma o não encaminhamento dos projetos à Câmara. Após a leitura do documento na assembleia no dia 24 de novembro, os servidores sentiram-se totalmente desrespeitados, pois os trabalhadores do serviço público municipal cumpriram sua parte do acordo, repondo todos os dias paralisados na última greve. No entanto, novamente a prefeita não está cumprindo a sua parte.
Mais que um simples informativo, este é um alerta de que a categoria poderá paralisar as atividades novamente, causando inevitáveis transtornos à comunidade escolar. Porém, isso somente irá acontecer caso a prefeita Adeliana Dal Pont insista em ignorar as demandas dos servidores josefenses.
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