Congresso da Fetram debateu ataques às políticas públicas

*Com informações da CUT-SC

Em meio a tantos ataques aos trabalhadores e as políticas públicas, a Federação dos Trabalhadores Municipais de Santa Catarina – FETRAM realiza entre os dias 1 a 3 de dezembro o seu VIII Congresso com o tema “Pela valorização dos (as) trabalhadores (as) e do serviço público”.O Congresso acontece nos últimos dias de uma semana trágica para o Brasil e Santa Catarina, seja pela tragédia da queda de avião do time do oeste catarinense a Chapecoense, como também, pela aprovação em primeiro turno no Senado da PEC 55, que congela investimentos públicos por 20 anos.

Cerca de 180 delegados e delegadas, trabalhadores da base e dirigentes sindicais do serviço público municipal se encontram no Auditório do Hotel Canto da Ilha da CUT, em Florianópolis. São 25 sindicatos filiados à Federação que agora se reúnem e avaliam a atual conjuntura e traçam estratégias de enfrentamento dos tempos difíceis que o povo brasileiro terá pela frente, em especial os trabalhadores no serviço público.

LizeuMazzioni, presidente da FETRAM-SC, comenta a importância do evento para organização dos trabalhadores do serviço público, frente aos diversos projetos que preveem a retirada de direitos. “O congresso da federação tem tanto o papel organizativo, quanto mobilizador. É um momento de dificuldades que passamos por um processo de destruição do estado, das políticas sociais que vai comprometer o estado de bem estar social que a população brasileira lutoupara instituir na Constituição de 88 e desde lá vem lutando para que seja implementado”. Lizeu avalia que depois de um período de avanços no ponto de vista de direitos sociais, de inclusão social, deum processo de início de distribuição de renda, agora o Brasil passa por reformas do governo golpista Temer e a maioria esmagadora do Congresso Nacional, que vem no sentido de reduzir o estado e ampliar o mercado. “Nesse processo vai ter uma ampliação da concentração da renda e de exclusão social. Momento importante para tirarmos o nosso plano de lutas para os próximos três anos, anos que teremos muitas lutas pela frente para enfrentar, resistir esse projeto e continuar lutando pela ampliação de direitos”, reflete Lizeu.

Jucélia Vargas Vieira de Jesus, Secretaria Geral da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal – CONFETAM avalia o papel do trabalhador do serviço público e o reflexo das reformas previstas, que neste momento atacam diretamente as políticas públicas. Jucélia explica que o serviço público municipal é o primeiro contato da população, pois são nos municípios que se busca os serviços imediatos, a creche, o posto de saúde, a escola de educação básica, o remédio da farmácia. “Quando um cidadão vai à prefeitura, vai a um posto de saúde, vai buscar vaga numa creche e o servidor diz que não há vagas, a pessoa penalizada imediatamente o servidor público, é cobrado como se fosse responsabilidade desse servidor de não ter a vaga na creche, de não ter o remédio, de não ter o médico pra atender. Se nos últimos anos, com o investimento que a gente soube que houve, e mesmo assim ainda não temos a universalização da creche para todos, nós ainda não erradicamos o analfabetismo, ainda temos diversos problemas sociais para enfrentar mesmo com investimentos públicos para além do queé obrigatório, agora imagina com o congelamento de recursos, com o aumento da idade mínima para aposentadoria, com cortes de recursos na ação social?Como vai ficar o serviço público e o servidor público municipal?”, indaga Jucélia.

A Secretária de Comunicação da CUT-SC, Adriana Maria Antunes de Souza, acompanha o Congresso da FETRAM e destaca a organização da atividade e a qualidade dos debates. “Serão estes trabalhadores e trabalhadoras que vão sentir o primeiro impacto das medidas que estão sendo aprovadas pelo Congresso Nacional e impetradas pelo governo ilegítimo do Temer”, para Adriana é muito importante que estes trabalhadores estejam cientes do que são esses projetos, para que possam repassar para toda a população que eles atendem a necessidade de união da classe trabalhadora.

Mesas de debates com o tema da Reforma da Previdência Social, da Reforma Educacional e sobre a PEC 55, fazem parte da programação. Além das palestras terá a discussão das teses e a escolha da nova coordenação, que ficará à frente da FETRAM até 2019.

O Sintram-SJ, como não poderia de ser, esteve presente durante o congresso. Veja abaixo algumas imagens da participação do Sintram-SJ:

 

 

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